Irá ter lugar no próximo dia 28 de Outubro, uma Sessão de Networking em território de baixa densidade, promovida pela In.Cubo, no âmbito do projeto EMERN-Q . A temática a discussão neste evento será o Slow Food e o palco escolhido para levar a cabo esta iniciativa será o emblemático Castelo de Sistelo, em Arcos de Valdevez.
A quem se destina? Empreendedores em geral, nomeadamente do setor alimentar e agrícola.
Em linhas gerais, o que é o Slow Food? Um movimento global que envolve milhões de pessoas em mais de 160 países. O Slow Food acredita que a alimentação está ligada a muitos outros aspetos da vida, incluindo a cultura, a política, a agricultura e o ambiente e que através das nossas escolhas alimentares podemos influenciar coletivamente a forma como os alimentos são cultivados, produzidos e distribuídos, e mudar o mundo como resultado.
Qual o objetivo desta sessão? Explicar o que é o Slow Food e as suas linhas orientadoras; apresentar casos práticos de empresas/empresários que se regem pelas diretrizes do movimento Slow Food e abrir as portas a empreendedores que pretendam integrar os seus produtos/marcas a esta filosofia.
PROGRAMA DO EVENTO
15h00 – Abertura e enquadramento da sessão – Francisco Araújo
Apresentação da Incubo e enquadramento do projeto EMERN-Q com a filosofia Slow Food
15h15 – Slow Food Internacional – Eleonora Olivero
Resenha histórica do movimento, princípios, objetivos, projetos do SF
15h45 – Testemunho 1ª pessoa – Alfredo Sendim
Herdade Freixo do Meio – Apresnetaçao do projeto, ligação e importância na ligação ao movimento SF
16h15 – Convivium Slow Food Alto Minho – Jorge Miranda
Passado, presente e ações futuras do Convivium Alto Minho
16h30 – Troca e partilha de Ideias
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Para que fique um pouco por dentro do tema, partilhamos algumas linhas orientadoras sobre o movimento Slow Food.
“Slow Food – Rede internacional para a valorização e promoção das produções locais, como meio para a preservação dos territórios rurais e sustentabilidade do planeta”
Slow Food é uma associação internacional sem fins lucrativos, fundada em 1989 como resposta:
– aos efeitos padronizantes do fast food;
– ao ritmo frenético da vida actual;
– ao desaparecimento dos produtos de reduzida expressão;
– ao desaparecimento das raças e variedades, animais e vegetais, locais;
– ao desaparecimento das tradições gastronómicas regionais;
– ao decrescente interesse das pessoas na sua alimentação,
– na procedência e sabor dos alimentos e em como nossa escolha alimentar pode afetar o mundo.
Desde o seu início, o Slow Food cresceu para se tornar um movimento global envolvendo milhões de pessoas em mais de 160 países. O Slow Food acredita que a alimentação está ligada a muitos outros aspetos da vida, incluindo a cultura, a política, a agricultura e o ambiente. Através das nossas escolhas alimentares podemos influenciar coletivamente a forma como os alimentos são cultivados, produzidos e distribuídos, e mudar o mundo como resultado.
Missão
O Slow Food sonha com um mundo em que todas as pessoas possam aceder e desfrutar de alimentos que sejam bons para elas, bons para aqueles que os cultivam e bons para o planeta.
As atividades da associação visam defender a biodiversidade, divulgar a educação do gosto e unir aos co-produtores, aqueles que têm produtos de excelência.
Alimento Slow
Para o movimento Slow Food o alimento deve ser bom, limpo e justo.
Bom: significa apetitoso e saboroso, fresco e capaz de estimular e satisfazer os sentidos.
Limpo: significa produzidos respeitando o meio-ambiente e a saúde humana.
Justo: significa remuneração em condições justas para todos os envolvidos no processo, desde a produção até a comercialização e consumo.
Defesa da Biodiversidade
Segundo o conceito Slow Food, o prazer de saborear boa comida e boa bebida, deve ser combinado com o esforço para salvar as inúmeras sementes, vegetais, frutas, raças de animais e produtos alimentares que correm perigo de desaparecer devido ao predomínio das refeições rápidas e do agro negócio industrial. Através de vários projetos como a Arca do Gosto, das Fortalezas, do encontro Terra Madre, e com o apoio da Fundação Slow Food para Biodiversidade, o Slow Food procura proteger um inestimável património gastronómico.
Sustentabilidade Rural
Proteger a biodiversidade alimentar, implica centrar a nossa atuação em quem cultiva, cria e pesca. O Slow Food trabalha para descobrir e valorizar os produtos locais, mas não só.
Os produtos são o instrumento, mais eficaz para: preservar os territórios de onde provêm, as suas culturas e tradições, promover a dignidade das profissões tradicionais, propor um modelo diferente de economia e de futuro.
Por exemplo, quando nós recuperamos uma variedade vegetal (feijão), o nosso trabalho não é apenas de recuperação da semente e património genético associado. O que nos interessa é trabalhar com os descendentes de gerações de agricultores que a selecionaram e preservaram até aos nossos dias, valorizar a área na qual se adaptou durante séculos, valorizar a cultura da aldeia, e da gastronomia na qual aquela variedade é utilizada.
Educação do Gosto
Despertando e treinando os sentidos, o movimento Slow Food ajuda na redescoberta do prazer de saborear um alimento e na compreensão da importância de conhecer a sua origem, quem o produz e como é feito.
Pôr em contacto os produtores e os co-produtores.
Slow Food organiza feiras, mercados e exposições locais e internacionais, para apresentar produtos de excelência gastronómica e oferecer aos consumidores responsáveis a oportunidade de conhecer os produtores. Também apoia circuitos alternativos de distribuição como os mercados locais de produtores, projetos agrícolas com o apoio da comunidade ou associações de compradores, que contribuem para diminuir a distância entre os produtores e os co-produtores.
Co-produtor – “Um co-produtor é um consumidor que conhece e compreende os problemas da produção de alimentos: qualidade, economia, processamento, aspeto culinário. Não é somente alguém que consome. É alguém que quer saber.” Carlo Petrini
Um exemplo de projeto do Slow Food para aproximar produtores e co-produtores é a Aliança dos Cozinheiros. A Aliança é uma rede que reúne cozinheiros do mundo inteiro que lutam pela defesa da biodiversidade, dos saberes gastronómicos tradicionais, das culturas locais, apoiando os produtores que preservam esses valores. Implica o uso de matérias-primas locais, sazonais e de boa qualidade, fornecidas por agricultores, pastores, mestres queijeiros e outros artesãos que preservam a biodiversidade e os saberes tradicionais, respeitando o meio ambiente, a paisagem e o bem-estar animal.
Networking: 28 de Outubro de 2021 ,15.00h, castelo de Sistelo, Arcos de Valdevez
Slow Food – Rede internacional para a valorização e promoção das produções locais, como meio para a preservação dos territórios rurais e sustentabilidade do planeta”